Israel afirma estar preparado para retomar combates em Gaza

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O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou neste domingo (23) que Israel está preparado para retomar os combates “a qualquer momento” na Faixa de Gaza, enquanto o Hamas o acusa de colocar a trégua em perigo ao adiar a libertação de prisioneiros palestinos.

A primeira fase do cessar-fogo, que entrou em vigor em 19 de janeiro após mais de 15 meses de guerra, terminará no dia 1º de março sem que os termos da segunda fase tenham sido negociados.

No sábado, no que deveria ser a sétima troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos no âmbito da trégua, o Hamas libertou seis reféns, segundo o previsto. Mas, como já havia ocorrido em outras ocasiões, fez a encenação de uma cerimônia com combatentes, exibindo cinco reféns em um pódio diante de uma multidão, antes de entregá-los ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

Por esta razão, Israel decidiu adiar a liberação de mais de 600 prisioneiros palestinos – que estava prevista para sábado – até que o Hamas pare de libertar os reféns com “cerimônias humilhantes”, anunciou Netanyahu no sábado à noite.

Uma decisão que provocou dúvidas sobre a viabilidade do acordo de cessar-fogo.

“Precisamos conseguir uma extensão da primeira fase, por isso irei à região nesta semana, provavelmente na quarta-feira, para negociar isso”, declarou o enviado do presidente americano Donald Trump, Steve Witkoff, ao canal CNN.

Netanyahu, no entanto, advertiu: “Estamos preparados para retomar os combates intensos a qualquer momento, nossos planos operacionais estão prontos”.

“Em Gaza, eliminamos a maioria das forças organizadas do Hamas […] Vamos terminar completamente os objetivos da guerra, seja com negociações ou por outros meios”, declarou o premiê durante uma nova promoção de oficiais, em Holon, no centro de Israel, uma cerimônia exibida ao vivo.

Em um contexto de grande tensão sobre o acordo, Israel anunciou a retirada de 40.000 habitantes de três campos de refugiados no norte da Cisjordânia ocupada, onde o exército efetua uma grande operação há um mês, com ordens de não permitir seu retorno.

O exército também anunciou a mobilização de uma unidade de tanques em Jenin e afirmou que ampliaria ainda mais as operações no norte do território. AFP

 

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