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Igor Benevenuto, árbitro da FIFA, se declara homossexual: ‘Finalmente eu mesmo’

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O árbitro Igor Benevenuto, de 41 anos, declarou ser homossexual e, com isso, se tornou o primeiro juiz do quadro da FIFA a se manifestar gay publicamente. A revelação aconteceu durante entrevista ao podcast ‘Nos Armários dos Vestiários’, do GE.

“O futebol é um esporte que eu cresci odiando profundamente. Não suportava o ambiente, o machismo e o preconceito disfarçado de piada. Para sobreviver na rodinha de moleques que viviam no terrão jogando bola, montei um personagem, uma versão engessada de mim. Futebol era coisa de ‘homem’, e desde cedo eu já sabia que era gay. Não havia lugar mais perfeito para esconder a minha sexualidade. Mas jogar não era uma opção duradoura, então fui para o único caminho possível: me tornei árbitro”, começou Igor.

Em longo depoimento à repórter Joanna de Assis, Benevenuto confessou que passou anos escondendo quem era para se proteger da homofobia. “Tenho 41 anos, 23 deles dedicados ao apito. Até hoje, nunca havia sido eu de verdade. Os gays costumam não ser eles mesmos. Limitando nossas atitudes para não desapontar a expectativa do mundo hétero. Passei minha vida sacrificando o que sou para me proteger da violência física e emocional da homofobia. E fui parar em um dos espaços mais hostis para um homossexual. Era por saber disso que eu odiava o futebol”, relatou.

Segundo o árbitro, ele tentou se relacionar com mulheres, uma vez que sua religião não aprovava relacionamentos entre duas pessoas do mesmo sexo, mas não conseguiu enganar a si mesmo. “Eu namorei meninas, tentei enganar meus instintos. A religião era muito presente na minha família, e por isso cresci dentro da igreja. E lá está registrado nas escrituras da Bíblia: homem que se deitar com outro homem é pecador. Uma imposição para que sejamos héteros. Na minha igreja até existia o debate, um interesse em entender o universo LGBTQIA+, mas ainda assim ser o que eu sou é considerado errado e, sendo errado, haverá punições divinas”, disse.

IstoÉ
11:10:03

Uma resposta

  1. Qual a relevancia de tornar publico isso?Se qualquer um for a imprensa dizer que é hetero vai ser linchado como homofobico.

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