Medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, Gabriel Medina ficou de fora da disputa pelo ouro em uma bateria polêmica no surfe masculino. No dia 5 de agosto, a praia de Teahupo’o, no Taiti, palco da modalidade, apresentou pouquíssimas ondas e o brasileiro caiu na semifinal para o australiano Jack Robinson sem ter conseguido emplacar nenhuma manobra.
Entrevistado poucos dias depois da prova, Medina se mostrou a favor do uso de piscinas de ondas artificiais nos Jogos de Los Angeles, que acontecem em 2028.
“No surfe acontece, tem dessas. As vezes o mar dá uma parada, principalmente onde a gente estava competindo, no Taiti. É ruim perder sem poder ter oportunidade de performar, mas acontece. E eu acho que em piscina de onda com certeza seria mais justo. Porque teriam as oportunidades para todo mundo surfar e mostrar o seu melhor. Eu até converso sobre isso com o Ítalo (Ferreira) e Felipe (Toledo). Em questão de performance, eu acho que lá (na piscina) o melhor vence”, disse ao SporTV
Nas redes sociais, a torcida brasileira se mostrou descontente com a regra estabelecida no surfe. O regulamento diz que a única possibilidade de anular e recomeçar a bateria é quando os dois surfistas que estão na água não conseguem emplacar uma onda nos dez primeiros minutos.
No caso da disputa entre Medina e Robinson, o australiano ainda conseguiu surfar duas ondas para obter as duas notas. Já o brasileiro finalizou a prova com apenas uma onda surfada. Na disputa pelo bronze, que aconteceu no mesmo dia algumas horas depois, Gabriel Medina venceu o peruano Alonso Correa e ficou com a medalha.
O surfe entrou como modalidade olímpica pela primeira vez em Tóquio, 2021. Na estreia da disputa, o ouro ficou com o brasileiro Ítalo Ferreira. Medina ficou fora do pódio após ser eliminado pelo japonês Kanoa Igarashi. EC