Filhotes órfãos de onça-parda são resgatados por órgãos ambientais na Amazônia

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Onças-pardas costumam ficar com os filhotes até os dois anos de idade ICMBIO/Reprodução – 04.07.2024

Dois filhotes de onça-parda foram transportados a Belém depois de serem resgatados vagando sem a mãe no interior do Pará. Os animais têm aproximadamente dois um meses de idade, segundo a equipe veterinária, e estavam vagando nas proximidades de Miritituba, distrito de Itaituba, quando foram vistos por trabalhadores da zona portuária. O transporte foi realizado em ação conjunta do ICMbio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), Polícia Militar e Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo).

Os felinos ganharam nomes dados pela equipe de resgate: Naurú e Piatã, que significam guerreira corajosa e fortaleza, respectivamente, em Tupi Guarani. As fêmeas de onça-parda costumam ficar com os filhotes até os dois anos de idade, entretanto, a equipe não conseguiu localizar a mãe dos irmãos resgatados. A suspeita é de que ela possa ter sido caçada ou morta por atropelamento nos arredores do porto.

Essa informação foi crucial para a decisão de levá-los ao Centro Amazônico de Herpetologia, em Benevides, há 40 km de Belém. É que segundo a equipe de resgate, embora estivessem em boas condições de saúde, os animais teriam poucas chances de sobreviver sozinhos na natureza. Foram 1.300 km percorridos entre Itaituba e a nova casa das oncinhas, viagem que levaria dois dias por via terrestre. Por isso, a remoção precisou de apoio da Embratur e de uma companhia aérea.

Do resgate ao transporte, foram necessários dez dias. Durante esse período, os animais foram cuidados por uma clínica veterinária na cidade de origem, que apoiou as ações do ICMbio. Apesar de ocorrerem em uma extensa faixa territorial, do Canadá até a Patagônia, com presença em todos os biomas brasileiros, as onças-pardas estão na lista de animais em risco de extinção, na categoria “quase ameaçada”. R7

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