O índice de divisão do lucro do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) que será distribuído aos trabalhadores com carteira assinada neste mês deverá ser entre 80% e 90% do total. A estimativa é do IFGT (Instituto Fundo de Garantia do Trabalhador). O Conselho Curador do FGTS vai decidir sobre o repasse nesta terça-feira (6).
Por lei, o lucro não pode ser 100% distribuído. Nos últimos anos, o repasse foi quase na totalidade aos trabalhadores. O fundo registrou em 2023 um resultado positivo de R$ 23,4 bilhões, o maior valor da história.
“Diferentemente dos últimos anos, em que a distribuição chegou a quase totalidade, acredito que agora o lucro distribuído vai variar de 80% a 90%. Em função da decisão do STF, o governo quer fazer uma reserva para as situações futuras, porque o rendimento do FGTS, somando os juros de 3% ao ano, a TR e a distribuição de lucro, não pode ser inferior ao IPCA, a inflação oficial”, afirma Mario Avelino, presidente do Instituto Fundo de Garantia do Trabalhador.
Ele explica que, se for aplicado 90% do lucro, o rendimento ficará em 8,47%, superior à inflação de 2023 em mais de 3 pontos percentuais. “Se for 90%, significa que pelo menos R$ 2,4 bilhões vão para a conta do patrimônio líquido do FGTS, que aumenta as reservas para futuras despesas do fundo”, acrescenta. R7