Sem mencionar o nome do vereador, Raphael do Fórum, ex-vereador de Presidente Venceslau e candidato a prefeito nas eleições municipais do ano passado, analisou um dos discursos realizados durante a cerimônia de posse ontem, na Câmara Municipal. Ele compartilhou suas reflexões por meio de um texto enviado à nossa redação.
“Durante a sessão de posse em Presidente Venceslau, chamou bastante a atenção quando o vereador, em seu discurso, utilizou aspas ao mencionar uma das funções essenciais do cargo: ‘fiscalizar’ o executivo. Essa escolha de palavras é preocupante e pode ser interpretada como uma falta de seriedade em relação a uma responsabilidade tão crucial.
A função de fiscalizar não é apenas uma formalidade ou um detalhe em um discurso; é um dever fundamental que garante a transparência e a responsabilidade na gestão pública. Ao tratar essa obrigação com desdém, o vereador pode dar a impressão de que não está comprometido com a verdadeira essência do seu papel.
Os cidadãos esperam que seus representantes em Presidente Venceslau levem a fiscalização a sério, trabalhando para assegurar que os recursos públicos sejam utilizados de maneira eficiente e ética. É inaceitável que essa função seja tratada de forma leviana. Precisamos de líderes que assumam suas responsabilidades com integridade e determinação” Raphael do Fórum
Comentando
O cenário político da cidade passa por uma transformação radical a partir de agora. Com maior representatividade na Câmara Municipal, a prefeita e seu grupo político têm tudo para prevalecer em suas ações. Apesar de sua pregação constante como uma religiosa convicta, a atual gestora atua politicamente de forma incisiva, quase opressora, e esse comportamento se reflete em sua relação com os subordinados.
Essa postura ficou evidente ontem, durante sua posse, onde boa parte de seus secretários e correligionários compareceram em peso, celebrando efusivamente cada gesto ou fala dos integrantes de seu grupo político.
A análise de Raphael é pertinente e levanta uma questão importante: será que, para os vereadores alinhados com a situação, a cidade terá menos relevância do que os interesses da mandatária?
