Em vídeo que circula nas redes sociais, o ex-presidente do Cruzeiro Wagner Pires de Sá não poupou o zagueiro Dedé para questionar os altos salários pagos pelos clubes de futebol no Brasil. Sem saber que estava sendo filmado, o ex-mandatário disse que o jogador ganhou “mais de R$ 50 milhões sem jogar”, no tempo que esteve machucado e afirmou que o clube não consegue se desfazer do atleta porque “ele é todo f… e não passa no exame médico”.
“Como que você pega um cara ganhando R$ 1 milhão? O Dedé ficou um ano e meio parado, ganhando R$ 800 mil”, disse Sá. Questionado pelo condutor do veículo onde estava se o salário era pago na íntegra, ex-presidente confirmou. “Claro. Não é igual INSS, que o cara fica doente e vai para o INSS ganhar salário mínimo. O time paga. Ele ganhou mais de R$ 50 milhões sem jogar”.
Dedé foi contratado pelo Cruzeiro em 2013, após grandes atuações pelo Vasco, mas vem sofrendo com várias lesões no joelho. O seu primeiro problema no local se deu em novembro de 2014, com o retorno aos gramados só ocorrendo no começo de 2016. Em agosto do mesmo ano, nova lesão o afastou novamente do futebol, com sua volta ocorrendo em março de 2017. Voltaria a operar o joelho em setembro de 2017, só retornando ao time em fevereiro de 2018. Já em outubro de 2019, o jogador precisou passar por novo procedimento para retirada de um fragmento ósseo no joelho direito.
Essas várias lesões, segundo Sá, também dificultam para o clube rescindir com Dedé. “E se for vender, não vende. Primeiro que ele é todo ‘f…’, não passa no exame médico. O futebol brasileiro é este”. Sem aceitar uma redução salarial como fizeram alguns atletas para continuar no Cruzeiro nesta temporada, o zagueiro estuda ofertas, mas, por enquanto, não acertou com nenhum clube.
Estadão Conteúdo
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