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Estudante é agredida por homem após reclamar que ele urinou perto dela

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Estudante foi agredida com socos após pedir que homem não urinasse próximo a ela em festa na Gávea Foto: Reprodução

Uma reclamação por um homem fazer xixi no lugar errado durante uma festa na Gávea acabou na delegacia na madrugada do último domingo. A estudante de Engenharia Isabela Ferreira, de 21 anos, prestou queixa contra Rafael Monteiro Leite por agressão. Ela conta que ao pedir que ele respeitasse a ela e outras pessoas presentes e não urinasse em público durante uma festa no Jockey Club do Rio, na Zona Sul, levou quatro socos no rosto. A Polícia Civil autuou o homem por lesão corporal e ato obsceno, caso registrado na 15ª DP (Gávea).

Segundo Isabela, por volta de 2h10 de domingo, ela e um casal de amigos estavam sentados em uma escada na entrada do Jockey, aguardando a chegada de um carro de aplicativo. Nesse momento Rafael parou próximo ao trio, abriu a calça e começou a urinar. Eles tentaram intervir chamando a segurança que estava mais próximo e pedindo para que ele parasse, o que deu início às agressões:

“No mesmo momento, fui surpreendida por ofensas e um copo de bebida no rosto. Me levantei e comecei a discutir com o agressor que em todo momento tentou me intimidar e me coagir, e por fim, fui atingida por 4 socos no rosto. As pessoas em volta viram e vieram me ajudar e, mais uma vez, covardemente, Rafael fugiu e se escondeu em um camarote da festa”, relatou Isabela, por mensagem, à reportagem.

A produtora da Festa Salve Guanabara, Paloma De La Peña, evento que era realizado no local, foi chamada para dar suporte a Isabela. Ela encontrou a estudante após as agressões, quando Rafael tinha corrido, ao que parecia para fugir.

— Eu não vi o que aconteceu realmente. Só tenho o relato dele e de mais de 20 pessoas que estavam perto, os relatos são os mesmos. O menino resolveu fazer xixi no meio da festa. Quando eu cheguei, a gente fez tudo o que pôde para prestar apoio e auxílio à Isabela. É completamente inadmissível o que o rapaz vez, inadmissível. Um segurança que viu a confusão foi atrás dele para impedir que fugisse, e parecia que ia. Nós perguntamos se a Isabela queria proceder para a delegacia. Ligamos para o 190, a polícia chegou em uns 20 minutos, chamaram outra viatura para os dois irem. A Isabela foi com dois amigos em um dos carros.

Os dois foram levados para a 15ª DP (Gávea) para registrar o caso. Em nota, a Polícia Civil afirma que no caso, registrado como lesão corporal e ato obsceno, “o autor assinou um termo circunstanciado de ocorrência e o procedimento será encaminhado ao Juizado Especial Criminal (Jecrim)”. Segundo o G1, Rafael preferiu manter-se em silêncio na delegacia e disse que iria se manifestar somente em juízo. Ele não foi localizado para comentar o caso.

— Ele já estava errado em fazer xixi no meio do evento, e a postura dele pelo pedido foi completamente desproporcional — salienta Paloma. — Eu sou produtora há 12 anos. Eu nunca vi algo parecido. Nunca. Eu já presenciei briga por diversos motivos, mas um homem bater numa mulher porque ela pediu para ele parar de fazer xixi, nunca.

A estudante também denunciou o caso nas redes sociais. Em uma publicação no Instagram, em que relatou a agressão, ela destacou os riscos diante de atitudes e agradeceu ao apoio recebido no local:

“O cenário é brutal, estamos em iminente risco em qualquer lugar. Agradeço a todos os homens e mulheres que me defenderam da covardia, sem vocês as consequências da violência seriam catastróficas. A justiça será feita. Compartilhem”, escreveu.

Extra
12:00:03

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