Nataly Ahumada busca desesperadamente por medicamentos na Colômbia para seu filho com deficiências múltiplas e uma doença que causa ataques epilépticos diários. Os remédios demoram meses a chegar devido à escassez mundial agravada por um sistema de saúde em crise.
Se Mateo Ahumada, de 21 anos, não recebe seu medicamento, “pode entrar em estado convulsivo e, portanto, em um coma induzido”, disse a mulher à AFP.
Esta é uma batalha diária para ela e numerosos pacientes que estão há meses reivindicando seus remédios. O “acesso à saúde” é a maior preocupação dos colombianos, de acordo com uma pesquisa recente da Guarumo e da Ecoanalítica.
A crise nasceu da escassez de suprimentos globais resultante da pandemia e foi exacerbada em um país com um sistema de saúde subfinanciado que não tem condições de comprá-los.
Desde a sua chegada ao poder em 2022, o presidente Gustavo Petro batalha para reformar o serviço de saúde em crise, no entanto, o Congresso freou esta e a maioria das iniciativas do primeiro governo de esquerda da Colômbia.
A proposta foi bloqueada em várias ocasiões uma vez que os legisladores alegam falhas em suas diretrizes que levariam a um desastre ainda maior. AFP