Bruno Fernandes Moreira Krupp, de 25 anos — que atropelou e matou o estudante João Gabriel Cardim Guimarães, de 16 anos, no fim de julho, na orla da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio — está na lista de cargos secretos do Ceperj. Segundo a lista enviada pelo Bradesco ao Ministério Público, Krupp fez dois saques na boca do caixa que totalizam R$ 4.740. Os pagamentos a 27 mil pessoas físicas, a maioria com saques de valores, são alvos de investigação dos promotores e de auditoria especial do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Bruno Krupp está preso preventivamente desde o início do mês pela morte do adolescente João Gabriel Cardim. Sem habilitação, Bruno pilotava uma moto em alta velocidade na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca.
Os dois saques de Krupp, de R$ 2.370 cada um, foram feitos em uma agência da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O primeiro saque na boca do caixa feito pelo modelo foi feito no dia 17 de maio. Um mês depois, no dia 13 de junho, Bruno Krupp voltou a mesma agência para retirar mais uma ordem de pagamento no mesmo valor e também em dinheiro vivo.
O nome de Bruno Krupp não consta em nenhuma das listas de funcionários disponibilizadas pelo Ceperj no site oficial da Fundação. As buscas, no entanto, permitem acompanhar quem trabalhou em alguns dos projetos do Ceperj que são investigados pelas autoridades.
Procurada, a defesa de Krupp disse não ter recebido nenhuma tipo de citação, intimação referente aos fatos e que não sabe do que se trata. Já a Fundação Ceperj não informou em que projeto o modelo participou, qual era sua função ou como foi selecionado para o cargo. Em nota, a Fundação Ceperj afirmou apenas que “não é funcionário da instituição, já que o contrato assinado com a Fundação diz respeito a uma prestação de serviços, sem qualquer tipo de vínculo empregatício.”
Nesta terça-feira (30), a juíza Luciana Fiala de Siqueira Carvalho, da 31ª Vara Criminal, tornou o modelo Bruno Fernandes Moreira Krupp, de 25 anos — que atropelou e matou o estudante João Gabriel Cardim Guimarães, de 16 anos, no fim de julho, na orla da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio — réu pelo crime de estelionato. No último dia 18, a Delegacia de Atendimento ao Turista (Deat) o indiciou pelo crime. Ele é acusado de dar um golpe ao Hotel Nacional de quase meio milhão de reais.
Na última sexta-feira (26), o promotor Marcos Kac, da 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da Zona Sul e Barra da Tijuca, entendeu que havia embasamento suficiente nas investigações da Deat no caso e denunciou o influenciador digital e seu sócio, Bruno Monteiro Leite, que também virou réu. O promotor foi contrário ao pedido de prisão. A segunda denúncia aconteceu no mesmo dia que o modelo virou réu pela morte do adolescente.
Extra
10:45:25