Os EUA impuseram nesta segunda-feira sanções a uma rede online de extrema-direita, designando o coletivo “Terrorgram” como um grupo terrorista e acusando-o de promover a supremacia branca violenta.
O Departamento de Estado dos EUA disse em um comunicado que havia designado o grupo, que opera principalmente no site de mídia social Telegram, e três de seus líderes como Terroristas Globais Especialmente Designados.
O Departamento de Estado disse que o grupo motivou e facilitou ataques e tentativas de ataques por parte dos usuários, incluindo um tiroteio em 2022 do lado de fora de um bar LGBTQ na Eslováquia, um ataque planejado em 2024 contra instalações de energia em Nova Jersey e um ataque com faca em agosto em uma mesquita na Turquia.
“O grupo promove o supremacismo branco violento, solicita ataques a adversários percebidos e fornece orientação e materiais de instrução sobre táticas, métodos e alvos para ataques, incluindo infraestrutura crítica e funcionários do governo”, disse o Departamento de Estado.
A ação congela todos os ativos do grupo nos EUA e impede os norte-americanos de negociar com ele.
Os líderes alvo das sanções nesta segunda-feira estavam sediados no Brasil, Croácia e África do Sul, de acordo com o comunicado.
Em setembro, promotores dos EUA revelaram acusações criminais contra dois supostos líderes do grupo, dizendo que eles usaram o Telegram para solicitar ataques contra negros, judeus, pessoas LGBTQ e imigrantes com o objetivo de incitar uma guerra racial.
Em abril, o Reino Unido disse que iria banir o coletivo Terrorgram como uma organização terrorista, o que significa que se tornaria uma ofensa criminal no país pertencer ou promover o grupo.
O presidente dos EUA, Joe Biden, tem protestado no cargo contra a supremacia branca.
Em 2021, Biden lançou a primeira Estratégia Nacional de Combate ao Terrorismo Doméstico dos EUA, que incluiu recursos para identificar e processar ameaças e novos impedimentos para evitar que os norte-americanos se juntem a grupos perigosos. IE