Eleitores da UE decidem nova composição de forças que atuarão do Legislativo da UE até 2029. Eurocéticos e ultradireitistas devem obter avanços, mas dificilmente conseguirão romper a maioria centrista.Nas últimas semanas, a presidente do Parlamento Europeu, a maltesa Roberta Metsola, de centro-direita, viajou a todos os 27 países da União Europeia (UE) para divulgar um lema bastante simples: “use o seu voto”.
Em inúmeros debates em escolas, universidades e com representantes de comunidades, ela se esforçou para motivar os eleitores jovens a participarem das eleições europeias.
“Este é quadro que temos à nossa frente ao pensarmos no Parlamento Europeu: mais de 700 cadeiras azuis. Vocês votando ou não, essas cadeiras serão preenchidas. Agora, vocês têm uma oportunidade”, disse Metsola a um público jovem na Dinamarca. “Vocês podem ou não determinar e influenciar quem vai sentar nessas cadeiras.”
Mobilizar as 350 milhões de pessoas aptas a votar na União Europeia uma vez a cada cinco anos não é uma tarefa simples. Em 2019, a segunda maior eleição democrática do mundo, atrás da Índia, teve apenas 50% de comparecimento às urnas.
Neste ano, porém, a situação parece mais promissora. Uma pesquisa de opinião recente afirma que 60% dos eleitores estão interessados no pleito de 2024. O comparecimento deve aumentar, o que deverá ser um fator decisivo em uma eleição considerada crucial, tanto pela direita quanto pela esquerda.
Em termos estatísticos, o alto comparecimento tende a beneficiar os políticos de centro, enquanto as pesquisas mostram os partidos eurocéticos e radicais de direita com boas perspectivas em vários países do bloco. DW