O dólar emendou mais um pregão de forte alta na sessão desta terça-feira, 12, e voltou a ultrapassar a linha de R$ 5,40, alcançando o maior valor de fechamento desde 26 de janeiro. Uma vez mais, o real e seus pares emergentes sofreram com o tombo das commodities diante dos temores de que o mundo amargue uma recessão, agravados por novas medidas restritivas na China para combate a surto de Covid-19 e dados fracos de atividade na Europa.
A perspectiva de que a inflação ao consumidor nos Estados Unidos em junho, que será divulgada amanhã, apresente a maior alta anualizada em 40 anos, hipótese admitida até pelo presidente americano, Joe Biden, alimenta a busca global pela moeda americana. Referência do comportamento do dólar frente a seis divisas fortes, o índice DXY operava em leve alta no fim da tarde, acima dos 108,100 pontos.
Pela manhã, o euro atingiu a paridade com o dólar, ou seja, o valor de 1 por 1, pela primeira vez desde 2002, sob impacto do resultado do índice ZEW de expectativas da Alemanha abaixo do esperado em julho (-53,8 pontos). Paira sobre a região o temor de que, após o período de manutenção do gasoduto Nord Stream 1 (até 21 de julho), a Rússia não retome totalmente o fornecimento de gás à Europa.
Estadão Conteúdo
18:26:03