Crônica
HÁ UM LUGAR TÃO BELO
Há um lugar tão belo, onde o sol nasce radiante todas as manhãs. Os primeiros raios solares trazem o gorjear de lindos pássaros e o desabrochar de exuberantes flores. Crianças acordam sorrindo abraçando os seus pais e logo após o café da manhã saindo em disparada a brincar pelo quintal.
Logo chega a hora do almoço, franguinho na panela, arroz e salada. Tudo delicioso! Aulas não há, pois, são as férias de julho. E nas férias a diversão rola solta entre as crianças. Pena que o celular e a tecnologia têm roubado a infância das nossas crianças. Mas neste lindo lugar celular, tablet ou computador não fazem parte da paisagem. As crianças pulam cordas, jogam bola, brincam de pega-pega e esconde-esconde e são muitos os lugares legais para se esconder. Até tem como se lembrar da brincadeira “pobre, pobre de marré-marré”. Que bacana! Crianças mais afoitas brincam de salvar, “pêgo! um, dois, três!” Andar a cavalo nos verdes campos na companhia do papai.
São lembranças que o tempo jamais apagará. Maravilhoso! O dia parece não ter fim. Sujos com o pó da terra não têm medo de micróbios ou bactérias.
Quando começa a deliciosa brisa, o céu fica colorido com pipas, rabo de arraia vira um verdadeiro show. Começando os primeiros pingos de chuva. Ela cai copiosamente. Que algazarra! É um refresco para o corpo e alma da “molecada” correndo para lá e cá, por segundos assustados com raios e trovões e assim o banho de chuva termina.
Tremendo com frio da chuva, se enxugam, troca de roupa molhada pela seca e quentinha e correm para recebe o carinho da mãe e logo um copo de leite quente com chocolate. E a noite vai chegando devagar com o manto negro cheio de estrelas brilhantes, trazendo consigo aquela sopinha saborosa com amor de mãe, pois no tempo friozinho de julho, o clima propício.
O som de grilos e sapos ao longe, formam uma sinfonia que relaxa corpo, alma e espírito, embalada por uma bela estória narrada pela mamãe os fazendo adormecer sonhando com as brincadeiras, projetando as que virão nos próximos dias.
Este paraíso ainda existe no interior de cada um de nós e na inocência de nossas crianças. O que assustava era o bicho-papão, hoje ele se projetou em destruir sonhos infantis, mas aqui ele não tem lugar, perdendo para a inocência, alegria e diversão. Sonhos são nossos ninguém rouba, ninguém tira.
“Criança feliz, feliz a cantar. Alegre a embalar teu sonho infantil. Oh ,meu bom Jesus que a todos conduz. Olhai as crianças do nosso Brasil”
J. CLÁUDIO O. GARCIA (bb)
Teólogo e Servidor Público. Residente em Santo Anastácio.
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