O Censo 2022 revelou mudanças estruturais nas famílias brasileiras: a proporção de lares unipessoais (com apenas um morador) cresceu de 12,2% em 2010 para 18,9% em 2022. A presença de casais sem filhos também aumentou, de 16,1% para 20,2%, refletindo o envelhecimento populacional e escolhas de vida que incluem adiar ou evitar o casamento e filhos. Unidades domésticas nucleares ainda são maioria, mas caíram de 66% para 64,1%, enquanto os domicílios estendidos e compostos também diminuíram.
No Brasil, domicílios unipessoais são mais comuns em estados com população mais envelhecida, como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, enquanto estados mais jovens, como Amapá, registram menores percentuais. Além disso, o número médio de moradores por domicílio caiu para 2,8. Mudanças nos responsáveis pelas unidades domésticas indicam aumento da participação de mulheres e negros: em 2022, mulheres eram responsáveis por 49,1% dos lares, e pardos ultrapassaram os brancos entre os chefes de família, com 43,8%.
O censo também revelou um total de 1,3 milhão de óbitos no período 2021-2022, inferior ao registrado pelo sistema de saúde devido a limitações metodológicas. A taxa de óbitos é mais alta entre homens jovens, com causas externas, como violência e acidentes, predominando.