A Corte Arbitral do Esporte (CAS) decidiu condenar o Corinthians e o atacante Jô ao pagamento de uma indenização de US$ 2,6 milhões (cerca de R$ 13 milhões) ao Nagoya Grampus, do Japão, por causa da forma como o jogador deixou o clube japonês em 2020 antes de assinar com a equipe alvinegra. A notificação foi recebida na sexta-feira pela diretoria corintiana, que agora “analisa os próximos passos para chegar a uma resolução”, como disse em nota, para evitar punições mais severas.
O Corinthians ainda tem a possibilidade de negociar com os japoneses, mas, caso não chegue a um acordo ou não consiga quitar a dívida em um prazo de 45 dias, pode até ser punido com o transfer ban da Fifa. Ou seja, ficaria proibido de fazer o registro de novos atletas. Jô, por sua vez, pode levar um gancho de até seis meses sem jogar.
O atacante, que rescindiu com o time paulista na semana passada após nova polêmica, jogou no Nagoya Grampus até junho de 2020, quando resolver aceitar uma proposta feita pela diretoria corintiana. Uma semana após o centroavante ser anunciado na capital paulista, os japoneses informaram que haviam entrado com uma ação na FIFA contra o atleta.
A situação se deu porque Jô se lesionou em fevereiro de 2020 e veio ao Brasil para fazer o tratamento. O Nagoya desaprovou a situação, por entender que ele deveria permanecer no Japão. Por isso, o atacante acabou voltando. Pouco tempo após retornar, contudo, o campeonato foi suspenso por causa da pandemia de covid e Jô foi para a terra natal novamente, sem a permissão do clube.
O atacante não voltou mais ao Japão e assinou com o Corinthians meses depois. No dia 21 de junho, quando emitiu o comunicado dizendo que entraria com a ação na Fifa, o Nagoya informou que rescindiu o contrato do jogador por abandono de emprego e que já havia deixado de pagá-lo desde abril.
IstoÉ
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