A demissão do ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Alberto do Santos Cruz, causou apreensão entre deputados e senadores, pegos de surpresa com o anúncio de sua saída na tarde desta quinta-feira, 13. O general havia participado na parte da manhã de uma amistosa audiência no Senado para falar de seus atos.
Desde que assumiu, porém, Santos Cruz era visto com ressalvas por parlamentares, que reclamavam da presença no cargo de um militar pouco afeito ao diálogo e à articulação política. Uma crítica constante era a dificuldade de conseguir a liberação de emendas parlamentares, sob responsabilidade do general.
“Se ele cuidava da articulação política do governo, é salutar a substituição”, provocou o líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP). “Eu só o vi no dia da posse do presidente. Não sei qual era o papel dele.”
Apesar das reclamações, as circunstâncias que levaram à saída de Santos Cruz foi o que mais preocupou parte do Congresso. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sinalizou a aliados que a demissão demonstra um fortalecimento da ala conhecida como “ideológica” da administração Bolsonaro, classificada por ele como mais radical e mais reativa ao Legislativo.
Estadão Conteúdo
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