As medidas de distanciamento social adotadas para reduzir o avanço do novo coronavírus em 2020 resultaram no corte de 404,1 mil trabalhadores do comércio, mostram dados divulgados nesta quarta-feira (17) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
“Os estabelecimentos comerciais que se dedicam à revenda de itens não essenciais, e cujas atividades dependem relativamente mais de contato pessoal, foram os mais afetados”, afirma a PAC (Pesquisa Anual de Comércio) ao analisar os cortes.
Entre os segmentos, nove de cada dez (90,4%) vagas perdidas no primeiro ano da pandemia da Covid-19 foram referentes ao comércio varejista, que cortou 365,4 mil trabalhadores no período. Também se observou redução de pessoal ocupado na atividade de comércio de veículos, peças e motocicletas (-76,6 mil profissionais).
Por outro lado, o comércio por atacado foi a única das atividades responsável pela suavização dos impactos negativos da pandemia no mercado de trabalho do setor, com 37,9 mil novos postos de trabalho abertos em 2020.
Entre as nove atividades que integram o comércio varejista, apenas os segmentos de hipermercados e supermercados (+1.800 pessoas) e de produtos farmacêuticos, perfumaria, cosméticos e artigos médicos, ópticos e ortopédicos (+318 postos) apresentaram incremento, ainda que discreto, no volume de mão de obra.
Na contramão, o IBGE destaca a redução de trabalhadores no ramo de tecidos, vestuário, calçados e armarinho (-176,6 mil), que representa uma perda de 15,3% do volume de pessoas ocupadas com relação ao ano de 2019.
R7
11:10:03
Uma resposta
noticia fora de contexto ou…noticia velha