Pela primeira vez desde o desastre nuclear de Fukushima em 2011, a empresa que gerencia a central japonesa, a Tokyo Electric Power (Tepco), iniciou os trabalhos de remoção do combustível radioativo do interior do reator número 3. O reator número 3 é um dos três que ficaram danificados no terremoto e tsunami que devastaram o nordeste do Japão há oito anos. Durante a tragédia, uma explosão de hidrogênio espalhou destroços pelo andar do reator 3, e, deste então, os níveis de radiação no local atingiram patamares muito elevados.
Os trabalhos de remoção do combustível começaram nessa segunda-feira (15) e são realizados por equipamentos. A operação sofreu um atraso de mais de quatro anos devido às falhas sofridas pelos dispositivos eletrônicos e robóticos. Esse equipamentos são expostos a níveis de radiação que seriam fatais para seres humanos.
A previsão para hoje era retirar 566 barras de dióxido de urânio e MOX (uma mistura de urânio e óxido de plutônio) armazenadas em piscinas de refrigeração dentro da unidade 3 e transferi-las para outras piscinas.
A Tepco espera completar totalmente a retirada de combustível da unidade 3 do reator até o dia 3 de março de 2021. Os reatores 1 e 2, que também foram danificados, devem ser esvaziados a partir de 2023. Até agora, a Tepco completou a retirada de combustível armazenado no reator 4 da central de Fukushima, onde os danos foram menores. (ANSA)
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