Após passarem a manhã em alta moderada, na contramão do dólar, os juros inverteram o sinal e passaram a recuar no meio da tarde desta quinta-feira, 28, na medida em que a moeda ampliou as perdas ante o real rumo aos R$ 4,21 e na esteira da revisão positiva do resultado das exportações até a quarta semana de novembro, anunciada pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 fechou a 4,69% tanto a sessão estendida quanto a regular, ante 4,749% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2020 passou de 4,675% para 4,665% (regular) e 4,655% (estendida). A do DI para janeiro de 2023 encerrou a 5,89% (regular) e 5,87% (estendida), de 5,991% ontem no ajuste. O DI para janeiro de 2027 encerrou com taxa de 6,87% a etapa regular e na estendida fechou na mínima de 6,84%, de 6,941% ontem no ajuste.
Ao contrário do que foi visto nos demais segmentos e do que se poderia esperar para um dia de feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, o giro de contratos no DI foi novamente fortíssimo, especialmente nos vencimentos de curto e médio prazos, que melhor captam as apostas para a Selic nos próximos meses.
Com a volta do dólar para perto dos R$ 4,20, que agora parece ser o “novo normal” do câmbio para o curto prazo, a expectativa de que o Copom vai seguir seu plano de voo e reduzir a Selic em 0,50 ponto porcentual em dezembro voltou a crescer. Esta percepção foi abalada nos últimos dias dada a estilingada da moeda e sinais de pressão inflacionária. Na curva a termo, a precificação de queda da taxa básica para o Copom de dezembro passou de 38 pontos-base ontem para 41 pontos, ou seja, de 65% de possibilidade de corte de 0,50 ponto e 35% chance de redução de 0,25 ponto. Ontem, esse quadro estava mais dividido.
IstoÉ
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