Com ‘Ainda Estou Aqui’, Brasil encara fantasma da ditadura

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“Se ganharmos, vamos comemorar igual a uma Copa do Mundo”, promete Isabela Caetano, uma estudante de 19 anos de São Paulo que, como milhões de brasileiros, vive as indicações ao Oscar de “Ainda Estou Aqui” como uma questão de orgulho nacional.

Nas ruas e nas redes sociais, cidadãos, artistas e políticos – incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva – aderiram à onda de euforia com o filme do cineasta Walter Salles, que aborda o desaparecimento do ex-deputado progressista Rubens Paiva em 1971.

Indicado ao Oscar de Melhor Filme e Melhor Filme Internacional, “Ainda Estou Aqui” confronta o Brasil com o fantasma de sua ditadura militar (1964-1985), um tema por décadas nas margens do debate público.

Quase quatro milhões de brasileiros já assistiram ao filme nos cinemas, enquanto o país descobre revelações sobre o recente envolvimento de militares em uma suposta trama golpista.

Estrelado por Fernanda Torres, vencedora do Globo de Ouro e indicada ao Oscar de Melhor Atriz, o longa narra a luta de Eunice Facciolla Paiva, esposa de Rubens, para esclarecer o sequestro do marido pelas forças armadas.

O corpo do ex-deputado jamais foi encontrado e o crime segue impune. Em 2012, a Comissão Nacional da Verdade concluiu que o Estado foi responsável por sua morte. AFP

 

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