O presidente do Irã, Hassan Rohani, anunciou nesta quarta-feira (25) que restringirá a circulação dos cidadãos pelos próximos 15 dias para frear o avanço do novo coronavírus (Sars-CoV-2) no país. Em pronunciamento pela televisão, Rohani afirmou que precisará “criar dificuldades” para a circulação das pessoas visto que milhões de iranianos estão celebrando o Ano Novo do calendário persa (Noruz), que inclui uma série de festividades durante a semana, e que promove grandes deslocamentos territoriais.
“Houve um longo debate com o Comitê Nacional para a Luta contra o Coronavírus sobre como reforçar as medidas que nós tomamos.
Agora, precisamos reforçá-las. Precisamos criar problemas aos planos de viagem da população e obrigar as pessoas a voltar para casa antecipadamente. Mas, as pessoas precisam entender que essas decisões difíceis estão sendo tomadas para proteger a vida delas. Não temos escolha”, disse o chefe de Estado.
As medidas, propostas pelo Ministério da Saúde, serão “aprovadas e publicadas” ainda hoje, acrescentou o presidente, e serão postas em prática imediatamente. Até então, Teerã apenas havia pedido para que a população permanecesse em casa, sem impor medidas drásticas.
Segundo dados oficiais divulgados nesta quarta-feira, são 2.077 mortos no país por conta da Covid-19, uma alta de 143 mortes em 24 horas. Os casos registrados atingiram 27.017, com 2.206 novos contágios desde essa terça-feira (24). Os curados já são 9.625, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
O Irã é o sexto país que mais contabiliza casos da nova doença, atrás de China, Itália, Estados Unidos, Espanha e Alemanha, mas é o quarto em número de mortes. (ANSA)
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