O líder socialista espanhol Pedro Sánchez será submetido nesta terça-feira (7) a uma nova votação no Parlamento da Espanha, na qual deve obter apoio para assumir um governo de coalizão de esquerda inédito. O resultado favorável para o líder do Partido Socialista Operário Espanhol (Psoe) pode encerrar um longo período de bloqueio político. Na primeira votação, realizada no último domingo (5), Sánchez obteve apenas um voto a mais do que a oposição – foram 166 a favor, 165 contra e 18 abstenções. A expectativa, no entanto, é de que hoje ele garanta mais dois votos, conseguindo assim a maioria. No último dia 30 de dezembro, Sánchez assinou um acordo com o líder do partido de esquerda Podemos, Pablo Iglesias. O pacto se chama “Coalizão Progressista”. Se sua vitória for confirmada, o governo do Psoe em parceria com a Unidas Podemos será o primeiro de uma coalizão de esquerda no país desde os anos 1970. A proposta da união prevê aumento de impostos para os mais ricos e grandes empresas, elevação do salário mínimo, ações contra as mudanças climáticas e políticas para garantir a igualdade de gênero tanto no poder público quanto no setor privado.
A Espanha, que vive um período de instabilidade política desde 2015, está sendo liderada por um governo interino há cerca de oito meses. Ao todo, o país teve quatro eleições gerais durante os últimos quatro anos. Somente em 2019 foram duas, uma em abril e outra em novembro. Os dois pleitos tiveram vitória do Psoe, mas a fragmentação de forças no Parlamento obrigou Sánchez a buscar alianças para governar. (ANSA)
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