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Cientistas identificam molécula que causa mudanças no olfato em infectados com Covid-19

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Molécula encontrada no café causa alterações no olfato de algumas pessoas (Foto: John Mark/Unsplash/Creative Commons)

Um estudo liderado pela pesquisadora Jane Parker, diretora do Flavor Center da Universidade de Reading, no Reino Unido, identificou a “molécula-gatilho” que causa as alterações no olfato em algumas pessoas infectadas pela Covid-19.

A perda do olfato é um sintoma comum durante a infecção. No Reino Unido, onde o estudo aconteceu, cerca de 18% dos adultos que tiveram a doença relataram a alteração. Algumas pessoas também experimentam outros distúrbios no olfato – condição conhecida como parosmia. Em geral, a parosmia faz com que aromas agradáveis ​​se tornaram ruins para os sofrem com o problema.

Até então, a explicação biológica para a parosmia gerada pela Covid-19 era um mistério. Agora, de acordo com os resultados do estudo publicado na revista Communications Medicine, os cientistas identificaram uma molécula de odor que parece ser um gatilho para o sistema nervoso central, causando a sensação de “cheiro ruim.

A molécula, chamada 2-furanmethanethiol, foi descrita por aqueles com um olfato normal como sendo semelhante a um cheiro de café ou pipoca. Aqueles com parosmia descreveram seu cheiro como repugnante, repulsivo ou sujo. Segundo Parker, uma alteração no sistema nervoso central é “ativada” através da molécula, que faz com que o cérebro interprete os aromas de forma diferente.

Alguns dos gatilhos mais comuns para a parosmia incluem café, chocolate, carne, cebola e creme dental, devido aos compostos específicos que compõem esses alimentos. Isso significa que, em geral, as pessoas com a alteração do olfato acabam tendo experiências piores com os aromas desses itens.

Simon Gane, um dos pesquisadores, do Royal National Ear, Nose and Throat and Eastman Dental Hospital, também no Reino Unido, diz que ainda existe um longo caminho para entender completamente essa condição, mas que a pesquisa é a primeira a ampliar os conhecimentos sobre o assunto. “Agora sabemos que isso tem a ver com os nervos e seus receptores, porque é assim que essas moléculas são detectadas”, finaliza.

Época
11:50:06

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