A maior parte do Chile, incluindo Santiago, enfrenta nesta quinta-feira (13) fortes chuvas e ventos, que deixaram um morto e mais de 4.000 desabrigados, segundo autoridades. O “estado de catástrofe” foi ativado para lidar com a emergência.
A Direção Meteorológica do Chile emitiu um alerta climático incomum: o nível máximo de advertência à população devido às intensas precipitações e ventos das últimas 48 horas.
A emergência afeta 14 dos 20 milhões de chilenos que vivem em cinco das 16 regiões do país: Coquimbo (norte), Valparaíso e Metropolitana (centro), e O’Higgins, Ñuble e Biobío (sul).
“Precisamos de barcos para resgatar as pessoas”, clamou um dos afetados em Curanilahue (Biobío) à Televisión Nacional de Chile.
Na capital Santiago, esse nível de alerta não era ativado há duas décadas. Há 15 anos, a zona central do Chile sofre com uma intensa seca.
“Essas chuvas vão continuar muito fortes (…) lamentamos a primeira morte”, disse o presidente Gabriel Boric, em uma mensagem da Suécia, onde cumpre uma visita oficial.
De acordo com o último relatório do Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres (Senapred), as chuvas já deixaram 4.304 pessoas desabrigadas, a maioria no sul.
A localidade de Curanilahue, a 600 km ao sul de Santiago, é uma das mais afetadas pelo transbordamento dos rios Curanilahue e Las Ranas.
Nas últimas horas, cerca de 350 mm de água caíram na região, um número que supera toda a precipitação da região no ano passado.
A ministra do Interior, Carolina Tohá, foi até Curanilahue avaliar os danos. Antes de embarcar no avião, ela informou que o “estado de catástrofe” foi decretado nas cinco regiões do país para acelerar a mobilização de recursos. AFP