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Carlos Ghosn confirma fuga para o Líbano e critica justiça japonesa

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O ex-CEO da Renault e Nissan, Carlos Ghosn, que estava em prisão domiciliar em Tóquio aguardando julgamento, confirmou nesta terça-feira sua fuga para o Líbano.

“Agora estou no Líbano. Não sou mais refém de um sistema judicial japonês parcial, onde prevalece a presunção de culpa”, escreveu ele em um comunicado transmitido por seu porta-voz.

“Não fugi da justiça, eu me libertei da injustiça e da perseguição política. Posso finalmente me comunicar livremente com a mídia, o que farei a partir da próxima semana”, acrescentou.

Seu principal advogado disse nesta terça que ficou perplexo com as notícias e que soube da fuga do cliente pela televisão.

“Fomos pegos completamente de surpresa. Estou chocado”, disse Junichiro Hironaka aos jornalistas em Tóquio.

Ghosn estava em prisão domiciliar no Japão, onde seria julgado em abril de 2020, especialmente por suposta apropriação indébita financeira.

Na segunda-feira, ele chegou ao aeroporto de Beirute, disse uma fonte de segurança libanesa à AFP.

“A maneira como ele deixou o Japão não está clara”, disse outra autoridade libanesa à AFP.

Segundo o jornal libanês al-Jumhuriya, que revelou as informações, o ex-chefe da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, com tripla nacionalidade francesa, libanesa e brasileira, chegou a Beirute em um avião da Turquia.

Nada em seu comportamento nos últimos dias indicava que ele deixaria o Japão, disseram algumas pessoas que o visitaram até a semana passada.

“Ele ainda estava se preparando para seu julgamento durante nossas reuniões regulares”, disse seu advogado.

“Carlos Ghosn não tenta se esquivar de suas responsabilidades, mas foge da injustiça do sistema japonês”, explicou à AFP uma fonte ligada ao caso, que pediu para ter sua identidade preservada.

AFP
10:51:02

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