Calor de julho no Mediterrâneo teria sido ‘praticamente impossível’ sem mudança climática, segundo estudo

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As temperaturas extremas que atingiram regiões da bacia do Mediterrâneo em julho teriam sido “praticamente impossíveis” sem o aquecimento global, concluíram especialistas da rede de referência World Weather Attribution (WWA) nesta quarta-feira (31).

“As temperaturas extremas alcançadas em julho teriam sido praticamente impossíveis se os humanos não tivessem aquecido o planeta queimando combustíveis fósseis” (carvão, gás, petróleo), escreveu o WWA, que avalia regularmente o vínculo entre eventos meteorológicos extremos no mundo e a mudança climática.

Essa rede de cientistas concentrou-se nessa onda de calor, que afetou principalmente os países mediterrâneos, como Espanha, França, Grécia, Itália e Marrocos.

No reino norte-africano, que enfrenta seu sexto ano consecutivo de seca, 21 pessoas morreram em 24 horas em uma cidade do centro do país, anunciaram as autoridades na última quinta-feira. As temperaturas subiram até 48,3ºC no país.

“Meses de julho extremamente quentes já não constituem eventos raros”, destacou Friederike Otto, climatologista do Imperial College London, que confirmou o estudo, baseado em dados de observação. AFP

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