Caiado e prefeito eleito em Goiânia são condenados a 8 anos de inegibilidade

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A Justiça Eleitoral de Goiás condenou na terça-feira, 10, o governador Ronaldo Caiado (União) por abuso de poder político e cassou o registro do prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (União). A sentença determinou que os dois fiquem inelegíveis por oito anos.

Além de Mabel, a vice Cláudia Lira (Avante) foi condenada pelo tribunal. Ainda cabe recurso da decisão. No documento, ao qual o site IstoÉ teve acesso, a juíza Maria Umbelina Zorzetti também sentenciou os envolvidos a pagamentos de multas — Caiado R$ 60 mil; Mabel R$ 40 mil e Cláudia R$ 5.320,50.

A ação foi protocolada pela chapa do candidato adversário à Prefeitura de Goiânia, Fred Rodrigues (PL), que denunciou a prática de abuso de poder político e descumprimento da Lei das Eleições por parte de Caiado, Mabel e Cláudia Lira. O processo pediu que os três ficassem inelegíveis, perdessem os registros de candidatura e/ou os diplomas e pagassem multas.

Na decisão, a juíza destacou que o governador fez uso do aparato estadual entre os dias 7 e 9 de outubro para promover jantares no Palácio das Esmeraldas para vereadores eleitos, suplentes e lideranças políticas no intuito de angariar apoio a Sandro Mabel.

“De acordo com os Investigantes, nos referidos eventos, o candidato Sandro Mabel e o governador teriam feito uso da palavra para discursar aos apoiadores, conforme relato dos próprios veículos de comunicação nas matérias jornalísticas veiculadas pela mídia”, afirmou a magistrada.

Para comprovar o ocorrido foram anexados vídeos, prints, imagens e mensagens extraídas de redes sociais e de outras fontes para “concluir que houve o uso indevido da estrutura governamental para beneficiar eleitoralmente um candidato específico e que a presença do Governador Ronaldo Caiado ao lado de Sandro Mabel sugere uso da máquina pública em favor da sua candidatura”.

Ao site IstoÉ, a assessoria de Sandro Mabel informou que a defesa do prefeito eleito recebeu com surpresa a condenação e reafirmou que não houve qualquer irregularidade na conduta do político, pois tratou-se apenas de uma reunião política na residência do governador, sem desvio de finalidade ou gravidade. Confira abaixo a nota completa.

O portal procurou o governo de Goiás para comentar o ocorrido, porém não obteve resposta até o momento. O espaço permanece aberto. IE

 

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