O ex-governador Sérgio Cabral disparou ontem, 6, acusações para diversos alvos nos três poderes (executivo, legislativo e judiciário), em depoimento ao juiz Marcelo Bretas, sobre o esquema de corrupção na Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor). Na audiência, que durou duas horas, o ex-governador detalhou compra de apoio político, esquema de caixa dois nas campanhas, e compra de estudos para chancelar iniciativas do goveno, além dos esquema das empresas de ônibus do Rio.
Cabral afirmou que comprou o apoio do do atual prefeito do Rio, Marcelo Crivella. Segundo o depoimento do ex-governador, o então candidato derrotado à Prefeitura do Rio teria recebido US$ 1,5 milhão para apoiar o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes no segundo turno da eleição de 2008. Na ocasião, o segundo turno no Rio foi disputado por Paes e por Fernando Gabeira. Cabral
Segundo Cabral, Crivella o procurou para falar que Armínio Fraga, que participava da campanha de Gabeira, ofereceu a ele US$ 1 milhão para apoiar o então adversário de Paes no segundo turno. O ex-governador afirmou ainda que Crivella disse que não gostaria de apoiar Gabeira por conta de suas convicções religiosas. A conversa ocorreu, de acordo com Cabral, no Palácio Laranjeiras.
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