As famílias têm encontrado dificuldade para manter contato com as brasileiras Jeanne Paollini e Kátyna Baía, presas na Alemanha desde o dia 5 de março após terem etiquetas de malas trocadas por bagagens com droga. Uma forma de compartilhar como está sendo o dia-a-dia na prisão é por meio de cartas. Em uma carta enviada para a irmã Lorena Baía, Kátyna Baía contou como foi o momento da prisão.
“Ficamos umas quatro horas algemadas pelos pés e pelas mãos, como criminosas. Fomos obrigadas a entregar todos nossos pertences. Passamos por revista íntima, fomos humilhadas”, escreveu Kátyna Baía.
Nesta última semana, as brasileiras também conseguiram enviar áudios para as famílias. O repórter Honório Jacometto, da TV Anhanguera, teve acesso às gravações. Em um dos trechos, Jeanne Paollini relatou momentos de terror, como a separação das duas, e a forma que foram tratadas desde a audiência.
“Pela manhã nós fomos para uma audiência com um juiz e sempre algemadas, acorrentadas pelos pés. Eu não tinha contato com a Kátyna e instantaneamente o juiz já decretou nossa prisão”, relatou.
A Kátyna Baía também desabafou e definiu o que estão vivendo como devastador. Para ela, acordar todos os dias na prisão é uma tristeza profunda. Segundo a brasileira, ela faz uso de remédios contínuos, que foram tirados. Dessa forma, além do desgaste psicológico, é uma batalha diária manter a saúde.
G1
10:40:03