Brasileiras criam absorvente biodegradável de R$0,02 e disputam final de prêmio na Suécia

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Brasileiras criam absorvente biodegradável de R$0,02 e disputam final de prêmio na Suécia — Foto: Arquivo pessoal
Brasileiras criam absorvente biodegradável de R$0,02 e disputam final de prêmio na Suécia — Foto: Arquivo pessoal

A educação transforma – e salva! Camily Pereira dos Santos, 18 anos, e Laura Nedel Drebes, 19, estudam no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), em Osório (RS), e agora se preparam para embarcar para a Suécia, para disputar a final do Prêmio Jovem da Água de Estocolmo.

Camily e Laura começaram a desenvolver a pesquisa delas em junho de 2021. O tema? Um absorvente biodegradável. “Tudo começou quando eu estava conversando com a minha mãe e descobri que ela, quando jovem, não teve acesso a absorventes higiênicos. Essa foi a primeira vez que me deparei com o tema da pobreza menstrual”, conta Camily em papo com a Glamour.

A partir daí, a jovem começou a se questionar se era possível um absorvente feminino que, além de ecológico, fosse acessível às mulheres em situação de vulnerabilidade. E mais: não apenas se questionou, como fez! “Procurei a professora Flávia Twardowski para contar sobre a minha ideia e convidá-la para ser orientadora. Ela marcou uma reunião e sugeriu que a Laura, uma outra orientada sua que pesquisava o desenvolvimento de plásticos biodegradáveis, fizesse parte da equipe”, explica.

O absorvente

Camily e Laura, então, desenvolveram um modelo de absorvente feito com materiais descartados pelos agricultores da região a partir das fibras do pseudocaule da bananeira (parte da árvore que é retirada após a colheita dos cachos) e do açaí juçara. A pesquisa, chamada “SustainPads: Absorventes Sustentáveis e acessíveis a partir de subprodutos industriais”, deu origem a uma alternativa barata – o custo é de R$ 0,02 – e ambientalmente sustentável para a confecção de absorventes higiênicos.

“Não imaginávamos o quão longe poderíamos chegar com a nossa pesquisa. Realmente não tínhamos ideia da proporção que um trabalho de pesquisa desenvolvido por estudantes do ensino médio poderia ter”, diz Laura.

Galileu
10:40:02

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