Entre os principais mercados aéreos do mundo, o Brasil foi o único país a registrar uma alta na demanda doméstica em julho deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2019, ou seja, antes da pandemia. A constatação é Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata).
A demanda doméstica do Brasil (medida em receita por passageiro por quilômetro, ou RPK) apresentou alta de 1% em julho na comparação com o período pré-pandemia. Na comparação com 2021, o salto foi de 24%.
“Nos últimos meses, o país tem apresentado uma taxa de crescimento muito mais acelerada do que os outros países que a gente monitora”, disse ao jornal Valor Econômico, Dany Oliveira, diretor no Brasil da Iata.
Além da forte demanda, o mercado aéreo brasileiro tem passado ileso a problemas graves, como a falta de mão de obra, superlotação de aeroportos e greves sindicais, que tem afetado, principalmente, os Estados Unidos e a Europa.
Nos principais mercados do mundo, a China apresentou uma queda de 30% na demanda contra o pré-pandemia. Outros mercados relevantes são a Austrália (cuja demanda doméstica caiu 10% em julho), Índia (-19%), Japão (-11%) e Estados Unidos (-8,4%).
Considerando todos os mercados globais, a demanda doméstica em julho deste ano ficou 13% abaixo do período pré-pandemia.
Oeste
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