O papa Francisco fez um alerta sobre as crises migratórias no mundo durante a audiência geral desta quarta-feira (28) e afirmou que impedir a entrada de deslocados forçados é um “pecado grave”.
A declaração chega no momento em que a Itália já recebeu mais de 40 mil migrantes via Mediterrâneo em 2024, enquanto mais de mil já morreram ou desapareceram tentando concluir a travessia.
“As rotas migratórias de hoje se concentram principalmente em mares e desertos, que, para muitas pessoas, resultam em mortes.
Algumas destas rotas são muito conhecidas porque estão sempre na imprensa; outras, a maior parte, não são muito mostradas, mas nem por isso são menos importantes”, declarou o líder da Igreja Católica.
O Papa também fez uma referência ao “Mare Nostrum”, ou seja, o Mar Mediterrâneo, considerado pela Organização Internacional para as Migrações (OIM) como a rota mais mortal do mundo.
“O ‘Mare Nostrum’, lugar de contato entre povos e civilizações, se tornou um cemitério. E a tragédia é que muitos, a maior parte desses mortos, poderiam ter sido salvos. É preciso dizer com clareza: há quem opere sistematicamente para rechaçar os migrantes. E isso, quando feito com consciência, é um pecado grave”, afirmou. Ansa