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Banco digital avança, mas ainda é conta secundária

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Um terço dos brasileiros bancarizados já é cliente de algum banco digital. No entanto, em apenas 9% dos casos as pessoas têm num “neobanco” sua conta principal. Os dados são de estudo feito pela consultoria Kantar, e mostram que as fintechs ainda têm um longo caminho a percorrer para arrebanhar uma fatia mais relevante do mercado.

O levantamento, antecipado para o Valor, mostra que a adesão aos chamados neobancos (aqueles que já nascem digitais) é bem maior no Brasil, na Índia e na China que nos países desenvolvidos. Uma das razões para isso, segundo a consultoria, é que nesses três países a população é menos bancarizada – ou até tem conta, mas não tem acesso a serviços financeiros.

Nos Estados Unidos, apenas 2% dos clientes de bancos têm conta em banco digital. No Reino Unido, terra do badalado Monzo, a proporção não passa de 4%. Já no mercado indiano, essa fatia salta para 50%. Mas nada se compara ao caso da China, em que 93% da população bancarizada tem conta em neobancos, muito por causa do fenômeno do Alipay.

A consultoria estudou o impacto que essas novas instituições financeiras têm no varejo bancário em dez mercados: Alemanha, Holanda, França, Espanha e Cingapura, além dos citados acima. Não entram na análise outros tipos de fintechs, como as de meios de pagamento e as plataformas de investimentos. Foram ouvidas 3 mil pessoas com conta em pelo menos um banco digital ou tradicional.

O Valor
11:30:02

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