O predomínio de três grandes empresas no mercado de combustíveis – BR Distribuidora, Raízen e Ipiranga – contribuiu para que motoristas pagassem mais pela gasolina na bomba, num período em que a Petrobrás reduziu o preço na refinaria, no fim do ano passado, segundo estudo da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A pesquisa indica que empresas ampliaram os lucros enquanto a estatal revia sua tabela para baixo.
A agência tem focado em dar maior transparência ao setor de combustíveis, que, no ano passado, motivou a greve dos caminhoneiros.
A ANP analisou os preços praticados nas refinarias estatais e postos revendedores, entre 31 de outubro e 1º de dezembro de 2018. “No caso do segmento de distribuição, a margem bruta ultrapassou R$ 0,40/litro no período em que houve a maior redução de preços da Petrobrás, o que sugere, em uma primeira análise, a falta de competição no setor, o que gera a apropriação pelas distribuidoras de parte significativa dos descontos praticados pela empresa”, informa a agência. No mesmo período em que as margens da distribuição subiram, a Petrobrás reduziu o seu preço em R$ 0,33, segundo tabela da ANP.
A distribuição é o segmento do mercado entre o refino, que transforma o petróleo em derivado, e os postos de gasolina. Até a década de 1990, era um segmento controlado pelo governo, com preços tabelados. A sua liberação, no entanto, não foi suficiente para garantir a competição, de acordo com a ANP.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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