Assassino de George Floyd é condenado a 21 anos por violação de direitos civis

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A protester holds a “Black lives matter” placard as others kneel outside St George’s Hall in Liverpool, northwest England, on June 2, 2020, during demonstration after George Floyd, an unarmed black man who died after a police officer knelt on his neck during an arrest in Minneapolis, USA. – The city of Liverpool lit up their civic buildings in memory of George Floyd on June 2 the death of whom in Minneapolis while in police custody has sparked days of unrest in the US city and beyond. (Photo by Paul ELLIS / AFP)

O ex-policial americano Derek Chauvin foi condenado nesta quinta-feira, 7, a 21 anos de prisão federal pelo assassinado de George Floyd, asfixiado em Minneapolis em 2020. Ele já havia sido condenado no ano passado em um tribunal estadual. A sentença desta quinta-feira ocorre em um processo separado relacionado aos direitos civis de Floyd, no qual Chauvin se declarou culpado.

Chauvin foi sentenciado por usar força excessiva contra Floyd e uma outra vítima, um menino de 14 anos, também negro. O incidente não tem relação com o caso de Floyd, que desencadeou uma série de protestos nos Estados Unidos, mas é semelhante.

“Eu realmente não sei por que você fez o que fez, mas colocar o joelho no pescoço de outra pessoa até que ela faleça é simplesmente errado, por essa conduta você deve ser substancialmente punido”, disse o juiz Paul Magnuson ao impor a sentença.

Como já estava preso, a sentença do ex-policial foi deduzida para 20 anos e 5 meses, próximo ao limite prescrito, na faixa de 20 a 25 anos. As sentenças federais e estaduais serão cumpridas simultaneamente.

A ação de Chauvin contra Floyd se tornou um exemplo gritante de violência policial e despertou demandas por igualdade racial em centenas de cidades americanas. O ex-policial asfixiou Floyd por mais de nove minutos após ele tentar passar uma nota falsificada de US$ 20 em uma loja de conveniência. Floyd protestava que não conseguia respirar, até que foi morto. Inicialmente, o Departamento de Polícia de Minneapolis alegou que ele havia morrido em um “incidente médico”.

No acordo de confissão federal, Chauvin reconheceu o uso excessivo de força contra Floyd e em outro caso, em 2017, contra um adolescente chamado John Pope. Segundo a mãe de Pope, Chauvin agrediu o adolescente repetidamente com uma lanterna e o prendeu com um joelho por mais de 15 minutos. O adolescente não teria feito movimentos agressivos contra os policiais, de acordo com o inquérito.

Nesta quinta-feira, John Pope afirmou no tribunal que Chauvin não o tratou como ser humano. “Ele fez uma escolha e não se importou com a consequência. Pela graça de Deus eu vivi para ver outro dia”, declarou.

Estadão Conteúdo
09:10:03

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