A Argentina finalmente aderiu à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza lançada nesta segunda-feira (18) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após a abertura da cúpula do G20 no Rio de Janeiro.
O país, liderado pelo ultraliberal Javier Milei, único membro do G20 que não havia aderido à iniciativa emblemática da presidência brasileira, “acaba de aderir” à aliança, disse à AFP uma fonte do governo.
Com isso, o país argentino se juntou aos outros 81 países que se comprometeram com o objetivo de acabar com a fome até 2030.
“Compete aos que estão aqui, compete aos que estão de volta desta mesa, a inadiável tarefa de acabar com essa chaga que envergonha a humanidade”, disse Lula na abertura da cúpula de líderes do G20.
Um total de 66 organizações internacionais, incluindo a União Europeia e a União Africana, também fazem parte da proposta.
O projeto, uma iniciativa pessoal de Lula, é ambicioso: erradicar a fome e a pobreza até 2030 e reduzir a desigualdade.
O desafio é enorme, pois 733 milhões de pessoas passaram fome em 2023, ou 9% da população mundial, de acordo com o último relatório apresentado em julho pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e outras agências da ONU.
Além da estrutura do G20, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza teve como objetivo reunir países de todo o mundo e instituições internacionais para liberar recursos financeiros ou replicar iniciativas que funcionam a nível local. AFP