A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) voltou atrás na decisão de recolher e interditar o medicamento losartana, um dos mais usados no Brasil para tratamento de pressão alta e distúrbios cardíacos. A interdição havia sido determinada em junho e atingia os remédios de diversos fabricantes.
A Anvisa havia justificado a proibição informando que detectou nos diversos lotes uma impureza chamada “azido”, encontrada em níveis mais elevados do que o adequado. A substância pode surgir durante o processo de fabricação do medicamento e inicialmente foi considerada um “mutagênico em potencial”, ou seja, seria capaz de promover alterações e danos na molécula de DNA, que não são reparados no momento da replicação celular. Entretanto, naquela ocasião, a agência recomendou que os pacientes não parassem com o tratamento antes de consultar o médico.
Agora, o órgão informou que recebeu da agência regulatória europeia European Medicines Agency (EMA) novos dados científicos. Diante dos estudos realizados, a impureza foi reclassificada para “não mutagênica”, ou seja, passou-se a considerar que ela não possui a toxicidade inicialmente identificada.
Em nota, a Anvisa informou que a medida tomada anteriormente foi preventiva e que “os limites de segurança foram recalculados, assegurando que os lotes do medicamento que foram recolhidos ou interditados não os ultrapassam”.
Oeste
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