O governo estuda mudanças nas regras do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para elevar a rentabilidade do dinheiro dos trabalhadores e ainda flexibilizar as formas de acesso aos recursos pelos trabalhadores. Duas fontes do governo disseram ao jornal O Estado de S. Paulo que, entre as medidas em análise, está, inclusive, ampliar as possibilidades de saques.
Os estudos ainda são incipientes e, a princípio, nada deve ser feito de imediato. “É uma medida de médio prazo. Não temos pressa e queremos dialogar com o Congresso. Não podemos perder a oportunidade de bem desenhar o fundo”, afirmou ao Estado, na noite de ontem, o secretário especial da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues. Ele nega que haja intenção de liberar recursos do fundo. “Não há nada sobre isso na minha mesa.”
Pela manhã, porém, em entrevista coletiva no Rio, ele falava sobre mudanças no FGTS quando respondeu à pergunta específica sobre saques. “Sim, também, estamos estudando a questão de saque”, disse. Questionado sobre as amarras hoje existentes para o acesso ao fundo, acrescentou: “Existem diversas formas de saque. Isso vai exigir mudança da lei. Por isso mesmo, queremos fazer de forma bem pensada, amadurecida. Estamos dialogando diuturnamente com o Congresso”.
Também está em estudo aumentar rentabilidade do FGTS, que hoje rende menos que a inflação. “É como se fosse um imposto ao trabalhador, você está retirando recursos em termos reais”, afirmou o secretário. “A ideia é que o rendimento supere a inflação, que é um piso.”
Estadão Conteúdo
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