
Cientistas da Califórnia fizeram um avanço inédito na tecnologia de fusão nuclear, produzindo pela primeira vez mais energia do que a consumida no reator. O feito foi do Laboratório Nacional Lawrence Livermore (LLNL), do Departamento de Energia dos EUA, perto de São Francisco, na Califórnia, informou à agência Bloomberg uma fonte familiarizada com a pesquisa.
É a primeira vez que se obtém com sucesso mais energia em uma reação de fusão nuclear do que a consumida no processo de produção, marcando um passo importante em direção ao fornecimento energético limpo, sem emissão de carbono.
A fusão nuclear é o processo de geração energética que alimenta o Sol e as estrelas. Átomos de hidrogênio se chocam, produzindo hélio e energia, ou seja, luz e calor. Mas o processo não ocorre naturalmente na Terra.
No laboratório da Califórnia, lasers foram usados para bombardear isótopos de hidrogênio mantidos em um estado de plasma superaquecido. Assim, foi possível criar uma fusão e transformar os isótopos de hidrogênio em hélio, liberando um nêutron e energia limpa, livre de CO2, no processo.
Os cientistas vêm experimentando a tecnologia há décadas, mas conseguir que o processo seja eficiente do ponto de vista energético tem sido difícil. É preciso uma enorme quantidade de energia para a força de repulsão entre os elementos na fusão nuclear.
No laboratório americano, a reação produziu cerca de 2,5 megajoules de energia em comparação com os 2,1 megajoules usados para alimentar os lasers, de acordo com o Financial Times, que divulgou os resultados anteriormente.
Globo
10:40:21