No último domingo (12), cinco adolescentes foram resgatados por auditores fiscais do trabalho no bairro de Cajazeiras, em Salvador-BA. As vítimas trabalhavam em situação análoga à escravidão no time de futebol Esporte Clube Jacobinense, clube criado no ano passado e que estreou no futebol baiano nesta temporada, na segunda divisão estadual.
O projeto do clube é do ex-deputado Manassés, e contou com o apoio do prefeito de Jacobina, Tiago Dias. A Série B do estadual está em andamento, e na tarde desta quarta-feira (15), será disputada a 6ª rodada. Neste momento, o Jacobinense é líder da competição com 12 pontos, sendo quatro vitórias e uma derrota.
Investigação
As investigações começaram ainda em março, quando auditores fiscais do trabalho começaram a apurar as condições de trabalho da equipe após o, até então, técnico do Jacobinense ser acusado de assédio sexual e autuado em flagrante por armazenar e compartilhar imagens de pornografia envolvendo adolescentes, além de não ter documentação exigida para a função de treinador.
Em visita ao alojamento, os agentes viram que as condições eram precárias, que os adolescentes eram mantidos presos, sem alimentação adequada, e tinham uma carga de trabalho intensa, com atuação em diversas competições
Para completar a série de crimes cometidos, a equipe do Jacobinense foi acusada de não cumprir com as disposições da Lei Pelé, como por exemplo, assinatura de contrato de atleta em formação, pagamento de bolsa auxílio e garantia à matrícula em unidade escolar.
Defesa
Em entrevista ao portal Bahia Notícias, o presidente do clube, Manassés, falou que ‘não tem nada a ver com o assunto, nem meu clube, nem minha pessoa. Isso foi respondido, a delegacia está investigando’, completou.
Segundo nota divulgada pelo advogado do clube, André Maurício Santos Viana, a equipe do Jacobinense em nenhum momento teve qualquer tipo de vínculo com os jovens, supostamente, resgatados pela Superintendência Regional do Trabalho do estado da Bahia (SRT – BA)
JBr
11:50:02