Presidente Venceslau conta com duas escolinhas de futebol do setor privado: a Clínica Caio Pinna e a R23, do Renan Ruiz. Ambas desempenham um papel fundamental na formação de atletas na cidade. A escolinha de Caio Pinna funciona no Parque São Jorge, conhecido como “Corintians Venceslauense”, enquanto Renan Ruiz utiliza as dependências da AABB, que possui três campos de futebol.
Essas escolinhas têm uma longa trajetória de atuação, e os frutos desse trabalho já são evidentes em diversas partes do país. Um exemplo de sucesso é o jogador Beto Prado, formado na R23, que atualmente integra a base do Esporte Clube Corinthians Paulista.
A movimentação gerada por essas atividades é impressionante e reflete sua relevância no cotidiano da cidade. Ao visitar as duas praças esportivas, é possível notar estacionamentos cheios, famílias inteiras — pais, avós e irmãos — acomodadas em cadeiras sob a sombra das árvores, acompanhando os treinos. Além disso, o movimento nas lanchonetes locais é significativo, mostrando como essas escolinhas impulsionam a economia e o convívio social.
No entanto, esse setor, essencial para crianças apaixonadas por esportes, ganhou destaque recentemente após a prefeitura anunciar que não fornecerá mais transporte para outras cidades. Segundo Luiz Antonio Garrido Vilches, pai da prefeita, em um comentário na página do nosso blog no Facebook, “os ônibus são licenciados para transporte de alunos no município. Para fazerem viagens intermunicipais, devem ter aprovação da ARTESP, órgão fiscalizador dos transportes rodoviários“.
Esse argumento legal evidencia a falta de um planejamento adequado por parte da gestão pública. A prefeitura precisa investir na aquisição de um veículo habilitado para transporte coletivo que atenda às demandas da população, permitindo a participação em atividades sociais, religiosas e esportivas, especialmente para grupos mais vulneráveis. Além disso, é fundamental criar mecanismos legais para regularizar esse serviço e evitar problemas jurídicos futuros.
Embora sejam instituições privadas, as escolinhas também cumprem um papel social importante, oferecendo vagas gratuitas para crianças que não podem arcar com a mensalidade. Nesse sentido, essas empresas colaboram diretamente com a assistência social, que é responsabilidade da administração pública, mas que, lamentavelmente, não disponibiliza esse tipo de serviço em nenhum bairro da cidade.
Por fim, é importante lembrar que os gestores públicos não podem se eximir da responsabilidade. Administrar uma cidade exige buscar soluções que atendam às necessidades da comunidade como um todo, deixando de lado desculpas e trabalhando de forma proativa para resolver problemas. AMN