À espera do desfecho das discussões sobre a reforma da Previdência, muitas empresas projetaram a melhora da economia e a retomada da expansão de seus negócios neste ano. “O governo criou uma expectativa no mercado, que ainda não foi concretizada”, diz Istvan Kasnar, professor da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Ebape).
Segundo Kasnar, as indústrias ainda sofrem impacto dos erros da política econômica dos últimos anos e podem ter de rever projeções em função do que ainda está “na promessa”. “Ao considerar a reforma da Previdência uma bala de prata para a recuperação da economia, o governo esquece que tem toda uma agenda maior de reformas que devem ser colocadas em prática”, diz ele, referindo-se ao déficit das contas públicas.
O ambiente de incerteza não contribui para que as empresas se animem a tirar investimentos do papel, segundo Roberto Padovani, economista-chefe do Banco Votorantim. Na dúvida, muitas companhias estão jogando para 2020 os projetos previstos para este ano.
Estadão Conteúdo
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