Clint Eastwood é um dos atores de Hollywood de mais avançada idade.
Somam mais de oitenta filmes, em sua longa carreira como ator, diretor, produtor ou compositor de algumas das trilhas sonoras.
Aos oitenta e três anos, foi entrevistado por um veículo de comunicação sobre como conseguia estar tão ativo, mesmo tendo passado a barreira dos oitenta anos.
A resposta foi simples e direta: Meu segredo é o mesmo desde 1959: fico ocupado, não deixo o que é velho entrar em casa.
É fundamental que tenhamos a vida preenchida de ocupações, de tarefas úteis.
Todos temos talentos, recursos importantes que podem ser postos à disposição da sociedade, da comunidade em que vivemos, a fim de se multiplicarem.
Ninguém pode afirmar, categoricamente, que não sabe fazer nada ou que não serve para nada.
Sempre existe a possibilidade de encontrarmos algo útil, algo que some e produza o bom, o bem, o belo para alguém.
Se boa parte de nossos anos e das horas de nossos dias são dedicados ao trabalho profissional, produzamos com vontade.
Dediquemo-nos, seja qual for nossa função, com empenho e esforço, oferecendo o melhor para todos os que irão usufruir ou dependam de nossas ações. Isso é ser útil.
Assumamos de maneira ampla as responsabilidades familiares, no papel que nos couber na dinâmica do lar. Sintamo-nos comprometidos.
Nas relações sociais, nas horas que nos sobram, busquemos um trabalho voluntário, dedicando-nos de maneira abnegada, preenchendo nosso tempo de forma proveitosa.
Com o passar dos anos, natural que tenhamos que ajustar a dinâmica da vida.
Os filhos deixam o lar para construir o seu; a aposentadoria chega e, se as responsabilidades antigas não têm mais espaço em nossas vidas, pensemos em outras possibilidades para continuarmos sendo úteis.
Se já não precisamos dedicar longas horas do dia para o exercício profissional, podemos servir, um tanto mais, no voluntariado.
Sempre poderemos ser úteis.
Nossas habilidades manuais, capacidades que desenvolvemos poderemos encaminhar para uma instituição específica, para atendimentos individuais.
Pensemos que o envelhecimento do corpo é um processo natural e inevitável enquanto permanecermos encarnados, o que não deve nos retirar o prazer de viver, a jovialidade, a alegria de sermos úteis.
Em qualquer tempo, em qualquer localidade que nos encontremos, se quisermos, perceberemos os convites para transformar nossas horas vazias em horas produtivas, benéficas ao próximo.
Não permitamos que nossa mente e nosso tempo livre sejam ocupados com coisas velhas, já superadas; lembranças amargas, dissabores, embates que vencemos, no passar dos anos.
Permitamo-nos a jovialidade com a certeza de quem sabe que, não importa nossa idade ou nossos recursos, nossos saberes ou nossas limitações, sempre haverá a chance de sermos úteis.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita.
Em 26.5.2020.
10:30:03