Pessoas que passam por um AVC – também conhecido como derrame – podem ficar com algumas sequelas. É de certa forma comum, por exemplo, uma perda ou dificuldade de movimentação. Isso acaba trazendo outra questão: o sedentarismo, que aumenta os riscos para outras condições de saúde potencialmente perigosas.
O fato de os movimentos se tornarem mais difíceis, porém, não significa que não se pode pensar alternativas de atividades físicas. É evidente que não estamos falando de exercícios intensos. Tudo depende do estado de cada paciente, precisando-se uma avaliação individual, mas há uma pesquisa recente que pode ajudar nesse sentido!
AVC e atividade física
Pesquisadores da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, fizeram uma avaliação com 30 pessoas que tiveram AVC. Eles procuravam respostas sobre qual o melhor tipo e intensidade de atividade física para esses pacientes e como diferentes intensidades de exercícios tinham efeitos diversos.
Os cientistas mediram o equilíbrio, a velocidade de caminhada e a resistência dos membros inferiores dos voluntários. Depois, os participantes precisaram responder questionários sobre suas dificuldades com as atividades diárias, como entrar e sair de carros e manusear utensílios domésticos. Após reunir os dados, o estudo descobriu que:
- Em média, os voluntários faziam cerca de sete minutos de atividades moderadas a vigorosas por dia;
- Por outro lado, foram contabilizadas 3 horas diárias de atividades leves.
Para os pesquisadores, os resultados mostraram que aqueles que faziam mais atividades moderadas ou vigorosas poderiam de fato apresentar melhores resultados de função física nos testes. Mas há outra questão muito importante: a capacidade de realizar as tarefas comuns do dia a dia estavam associadas à quantidade de tempo de atividades leves.
Em outras palavras, fazer atividades físicas leves, como um passeio tranquilo ou tarefas domésticas simples, são uma forma de melhorar os quadros de limitação de forma geral. E isso é muito importante para quem tem limitações de movimento! Segundo a Dra. Neha Gothe, autora do estudo:
“As rotinas diárias que nos mantêm em pé e envolvidos fisicamente em tarefas mais leves também contribuem para um melhor funcionamento físico dos sobreviventes de AVC […]. Participar de atividades físicas leves pode ser saudável e benéfico, especialmente para aqueles com problemas de saúde crônicos, como derrame”.
Portanto, o importante é não ficar parado. Mesmo com dificuldades de movimentação, há o que se fazer, ainda que atividades leves diárias. Pode até parecer pouco, mas faz uma diferença enorme para quem passou por um AVC. Se este é o seu caso ou de algum familiar, pense nisso! Supersaúde!
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