A alta probabilidade de corte na taxa básica de juros, a Selic, fez com que o dólar comercial disparasse nesta quarta-feira, 22. O resultado foi que a moeda americana atingiu um novo recorde nominal histórico: 5,4094 reais na venda, com valorização de 1,89% sobre ao pregão anterior. No intradia, entretanto, o dólar chegou a bater nos 5,42 reais. Pode-se dizer que, em parte, o avanço cambial se dá por um ajuste ao movimento de escalada global da moeda americana na véspera – a bolsa brasileira esteve fora de operação na terça-feira, 21, devido ao feriado de Tiradentes –, mas o movimento de valorização do dólar é, sobretudo, alicerçado ao aumento da probabilidade de corte na taxa Selic, que hoje vigora em 3,75% ao ano.
“O mercado está precificando que há probabilidade de 92% para corte de 0,75 ponto percentual na taxa de juros. As apostas na curva de juros implicam essa possibilidade”, diz Pablo Spyer, diretor de operações da corretora Mirae Asset. “Ao acontecer isso, diminui o ímpeto de estrangeiros em investir em renda fixa no mercado brasileiro.” O Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom, tem reunião marcada para os próximos dias 5 e 6 de maio para definir os rumos da taxa básica de juros da economia brasileira, que hoje se encontra no menor nível da história.
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