Há um mês, a pesquisadora, professora da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e médica pneumologista Margareth Dalcolmo, afirmou que o Brasil poderia “rejuvenescer” a covid-19.
De acordo com ela, a previsão se confirma hoje, pois a idade média dos pacientes internados para tratar a doença é abaixo dos 50 anos. Isso significa que o perfil dos atingidos de maneira mais violenta pela doença no país mudou.
“[Dentre os que têm sintomas da doença] 80% são casos leves, 20% precisam de internação e, destes, 5% necessitam de terapia intensiva”, destaca.
Embora a média de idade observada continue mais jovem como estava há um mês, o perfil socioeconômico de quem precisa de internação hospitalar mudou. Se antes eram indivíduos de classe média alta, internados na rede particular, hoje são pessoas que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS).
“A epidemia chegou ao Brasil trazida pela classe média alta, mas a transmissão é homogênea. O vírus é perversamente democrático”, define. “Os hospitais de campanha ainda não estão operando aqui no Rio. Mas a rede [de terapia] intensiva já está perto do colapso”, acrescenta.
Os hospitais de campanha são criados a partir da iniciativa do poder público para atender pacientes infectados pelo novo coronavírus em situação de baixa ou média complexidade que são transferidos de outras unidades de saúde. Trata-se de uma medida emergencial e temporária.
R7
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