O déficit de leitos de terapia intensiva (UTI) é um problema histórico da saúde pública brasileira que ficou mais evidenciado pela pandemia do novo coronavírus. Isso se nota na distribuição dessas vagas de atendimento altamente especializado. Um levantamento da plataforma Bright Cities feito a pedido da CNN mostra que 73% das 558 microrregiões administrativas do Brasil não cumprem a meta de 1 a 3 leitos desse tipo para cada 100 mil habitantes, índice recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). São localidades em que vivem 52,3% dos brasileiros.
As microrregiões são uma subdivisão dos estados utilizada para formulação de diversas políticas públicas, a partir de grupos de cidades vizinhas, tendo uma dessas localidades como referência para as outras. Por se tratar de um equipamento público de alta complexidade, não é necessário que todos os 5.570 municípios disponham de atendimento em UTIs, mas é fundamental que haja disponibilidade na cidade principal da microrregião.
A análise da distribuição dos 41.311 leitos de UTI em todo o Brasil mostra que, antes da pandemia, havia praticamente o mesmo número de vagas nas redes pública (21.250) e privada (20.061). No total agregado, o país cumpre a meta da OMS, com 1,97 leito por 10 mil habitantes. No entanto, a cobertura dos planos de saúde suplementares varia de 25% a 30% da população brasileira, sobrecarregando o SUS, que responde pelo atendimento de 7 em cada 10 brasileiros. (CNN)
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