Com a pandemia do coronavírus, igrejas já mudaram a rotina. Na Nossa Senhora, as missas passaram a ser celebradas ontem ao ar livre, com cadeiras distribuídas em uma área livre frontal e no acesso para carros.
Funcionários da paróquia, coroinhas e auxiliares do padre utilizavam luvas descartáveis para manipular objetos litúrgicos e o álcool gel, frequentemente oferecido aos presentes. “Hoje é dia de álcool gel”, respondeu um fiel ao aceitar a oferta do item. O “abraço da paz” foi temporariamente suspenso.
O folheto da missa, com os cânticos e outros ritos da celebração, também deixou de ser distribuído. “O pessoal deixa (o folheto) de uma missa para a outra”, explica o pároco local, padre Michelino Roberto.
A igreja segue as orientações anunciadas pela Arquidiocese de São Paulo na sexta-feira, como manter os ambientes arejados. Outra indicação é fazer até maior número de missas para evitar aglomerações.
O pároco defende a realização de eventos religiosos por enquanto. “São nessas situações que as pessoas mais precisam de Deus, em que ele pode prover um conforto espiritual”, justifica. “Ao ar livre, as pessoas mantêm certa distância uma das outras, em vez de ficar dentro da igreja superlotada. Vamos fazer assim enquanto durar o período de risco de contágio.” Ele diz que os fiéis idosos e de grupos de risco também estão sendo orientados a assistir às missas pela televisão e internet e, se quiserem, receber a visita de um sacerdote em casa durante a semana.
Estadão Conteúdo
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