Apesar da dimensão do ajuste, esta terça-feira, 10, foi de correção técnica para o Ibovespa após o mergulho do dia anterior, quando o índice de referência da B3 havia registrado sua maior perda (-12,17%) desde 10 de setembro de 1998. Nesta terça, fechou em alta de 7,14%, o maior avanço desde 8 de dezembro de 2008 (+8,31%), quando o então presidente eleito dos EUA Barack Obama anunciava pacote de investimentos em infraestrutura, em reação à crise americana, tornada global.
Em mais um dia de movimento amplificado entre a mínima, de 86.070,96 pontos, e a máxima, de 92.230,27 pontos, atingida bem perto do fechamento, o giro financeiro totalizou R$ 40,0 bilhões na sessão, após ter chegado a R$ 43,9 bilhões na segunda-feira, o maior do período pós-carnaval.
No ano, o Ibovespa cede 20,26%, no mês, 11,48%, e na semana, 5,90%. Aos 92.214,47 pontos no fechamento desta terça, o Ibovespa retomou nível observado em maio do ano passado – em 20 de maio de 2019, o índice fechou aos 91.946,19 e, no dia seguinte, aos 94.484,63 pontos.
Os ganhos em São Paulo se acentuaram por volta das 16 horas, em correlação com Nova York, após a mídia americana ter reportado reunião entre o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, e a presidente da Câmara, Nancy Pelosi. Após o encontro, Mnuchin disse haver entendimento entre republicanos e democratas sobre resposta econômica ao coronavírus, sem dar detalhes adicionais. Em encontro com senadores republicanos, o presidente Donald Trump teria sinalizado que pretende desonerar a folha de pagamentos até a eleição presidencial de novembro.
IstoÉ
08:20:03